Em 1965, o duo Jonnhy & Charley Kurt lançou na Europa um disco com uma canção que se transformou na canção desse Verão. Tal canção chamava-se “La Yenka” e tinha a particularidade de ser cantada acompanhada por uma engraçada coreografia, que rapidamente se transmutou numa dança recorrente nos meados da década de 60 em toda a Europa.
Contrariamente ao que acontece hoje em dia, em que quase todas as composições de grande sucesso são coreografias disfarçadas de canções, promovidas por grandes produções videográficas, nos anos 60 eram poucas as bandas que juntamente com o lançamento de uma determinada canção as faziam acompanhar por um videoclip. A Europa continental não fugia a essa regra e tal como assim sucedeu em Portugal, face à ausência de um videoclip oficial, a contracapa do disco trazia impressa ilustrações que ensinavam os ouvintes a dançar a yenka seguindo cinco passos obrigatórios: saltando para a esquerda duas vezes, saltando para a direita duas vezes, um salto à frente e um salto atrás, culminando com três saltos à frente.
Contrariamente ao que acontece hoje em dia, em que quase todas as composições de grande sucesso são coreografias disfarçadas de canções, promovidas por grandes produções videográficas, nos anos 60 eram poucas as bandas que juntamente com o lançamento de uma determinada canção as faziam acompanhar por um videoclip. A Europa continental não fugia a essa regra e tal como assim sucedeu em Portugal, face à ausência de um videoclip oficial, a contracapa do disco trazia impressa ilustrações que ensinavam os ouvintes a dançar a yenka seguindo cinco passos obrigatórios: saltando para a esquerda duas vezes, saltando para a direita duas vezes, um salto à frente e um salto atrás, culminando com três saltos à frente.
A yenka apareceu em Portugal numa época em que começavam a nascer em Portugal as primeiras bandas pop rock, embora ainda numa fase muito embrionária e tímida, contrariamente ao “yé yé” que era já moda e fenómeno musical bastante divulgado, nomeadamente através dos inúmeros festivais e concursos de Yé Yé que proliferavam um pouco por todo o país. Liricamente inofensivas para o regime político de então, muitas dessas canções yé yé foram autênticos sucessos em Portugal, fossem elas composições originais ou simplesmente versões de composições estrangeiras. Também assim o é a versão portuguesa de “A Yenka”, interpretada por Terezita Galarza, com letra adaptada para português de Hernâni Correia e com arranjos de Shegundo Galarza (que mais podia ser ?), uma canção interpretada pela voz de uma rapariga ainda menina que, contudo, consegue convidar com voz convincente todos os ouvintes (principalmente os mais novos) a juntar-se a ela e a dançar a yenka, segundo as instruções que constavam na contracapa do disco.
Desconhecemos o parentesco de Terezita Galarza com Shegundo Galarza, embora não hesitemos em afiançar que, seguramente, seriam familiares bem próximos devido às parecenças faciais destas duas figuras. Igualmente desconhecemos o percurso musical de Terezita Galarza, se é que o mesmo alguma vez existiu, ou se este disco se tratou de uma mera aventura musical da família Galarza.
Os restantes temas do disco são um reflexo das novas tendências da música que Portugal começava a assimilar a par do fado e que, em certa medida, se mantiveram quase que estanques até finais da década de 60, altura em que, como veremos mais para a frente, o verdadeiro movimento de rock de identidade própria portuguesa começa a emergir, renegando para segundo plano o (tão injustamente) apelidado de nacional-cançonetismo.
Desconhecemos o parentesco de Terezita Galarza com Shegundo Galarza, embora não hesitemos em afiançar que, seguramente, seriam familiares bem próximos devido às parecenças faciais destas duas figuras. Igualmente desconhecemos o percurso musical de Terezita Galarza, se é que o mesmo alguma vez existiu, ou se este disco se tratou de uma mera aventura musical da família Galarza.
Os restantes temas do disco são um reflexo das novas tendências da música que Portugal começava a assimilar a par do fado e que, em certa medida, se mantiveram quase que estanques até finais da década de 60, altura em que, como veremos mais para a frente, o verdadeiro movimento de rock de identidade própria portuguesa começa a emergir, renegando para segundo plano o (tão injustamente) apelidado de nacional-cançonetismo.
Clique no Play para ouvir um excerto do disco
Terezita Galarza acompanhada pelo Conjunto de Shegundo Galarza
1. Chegou a Yenka (Shegundo Galarza – Hernâni Correia)
2. Quero ser alguém (Shegundo Galarza – Hernâni Correia)
3. Chica yé yé (António Algueró – António Guijarro)
4. Olha o palhaço (José Santos Rosa – Hernâni Correia)
Alvorada 60772 (E.P.).
2 comentários:
Mais uma bela recordação! Terezita Galarza é filha de Shegundo e irmã mais velha de Ramón Galarza. Tanto quanto sei, foi de facto a sua única incursão musical - mas bem curiosa.
Olá, J.C. Obrigado pela atenção. Já suspeitava que fosse filha, mas não quis arriscar. Quando tiver tempo vou actualizar de uma assentada uma data de mensagens do blog, de acordo com informações posteriores que nos foram fornecidas por vários utilizadores e até artistas !
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