domingo, 16 de agosto de 2009

No Bairro do Vinil

Com esta nova página na Internet, iniciamos hoje um projecto que (esperemos nós) não venha a ter os dias contados logo à partida. Apesar de o título deste blogue eventualmente poder parecer sugerir mais um espaço em que os seus autores se limitarão a colocar reproduções de capas de discos de vinil sem nada de consequente, a verdade é que pretendemos algo de diferente. Primeiro: apelaremos à nossa assumida ignorância ao nos atrevermos a querer dissertar sobre artistas que são hoje totalmente desconhecidos pela grande maioria dos portugueses e que, nem nós próprios conhecemos e sobre os quais não existe muita informação. Em segundo lugar, para que um disco possa ter honras de ser objecto de comentário neste blog, terá que obedecer a três requisitos: versar sobre música portuguesa; ter sido comprado por preço inferior a 3 € ou então oferecido; e, de preferência, tratar-se de um disco que ninguém quer, ou melhor, que ninguém quis, pois geralmente serão discos adquiridos em feiras de velharias (muitos deles completamente desprezados) os que privilegiaremos no nosso blogue. Em terceiro, e para finalizar as nossas intenções, pretendemos, sempre que for possível, dar a conhecer aos nossos leitores, discos que, de alguma maneira, retratem o nosso antigo quotidiano, apelando aos hábitos e costumes que se foram perdendo mas cujas memórias ainda resistem nestes velhos vinis que, aos poucos, vamos salvando do esquecimento.
Por se tratar de um salto no escuro, queremos também convidar todos aqueles que de alguma maneira queiram contribuir para o não esquecimento destes artistas, que nos enviem as suas correcções e, sobretudo, informações que disponham ou que entretanto obtenham sobre esses artistas, uma vez que este blogue será aberto a todos aqueles que queiram participar. Todos os comentários dos nossos leitores que contenham informação por nós desconhecida, serão automaticamente adicionados à mensagem referente aquele disco ou artista. Desta forma, assumimos um difícil desafio de construir aos poucos uma memória viva daqueles que, de uma ou outra forma, já não podem expressar a sua voz, pelo facto de as suas canções terem desaparecido das luzes da ribalta.

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